Fatos Principais
- Um funcionário de uma corretora de criptomoedas sul-coreana foi condenado a quatro anos de prisão por tentar vender segredos militares para a Coreia do Norte.
- Hackers norte-coreanos pagaram ao funcionário 487.000 dólares em Bitcoin para recrutar um capitão do exército de 30 anos.
- O funcionário enviou uma câmera escondida em formato de relógio e um dispositivo de "hacking" em USB ao capitão.
- O capitão, sobrenome Kim, foi condenado a 10 anos de prisão e multado em 35.000 dólares.
- Nos últimos três anos, criminosos cibernéticos afiliados à Coreia do Norte roubaram mais de 3 bilhões de dólares em ativos digitais.
Resumo Rápido
Um funcionário de uma corretora de criptomoedas sul-coreana foi condenado a quatro anos de prisão por tentar vender segredos militares para a Coreia do Norte em troca de Bitcoin. O Tribunal Supremo emitiu a sentença em 28 de dezembro, impondo também uma proibição de quatro anos para que o funcionário atue no setor financeiro.
Documentos do tribunal revelaram que hackers norte-coreanos pagaram ao funcionário da corretora 487.000 dólares em Bitcoin para recrutar um capitão do exército de 30 anos, que recebeu 33.500 dólares em Bitcoin em troca. O funcionário abordou o oficial através de um chat no Telegram, oferecendo criptomoeda em troca de acesso a dados militares sensíveis.
O funcionário enviou uma câmera escondida em formato de relógio e um dispositivo de "hacking" em USB ao capitão, sob instruções dos hackers. Esses dispositivos tinham a intenção de capturar e transmitir informações do Sistema Conjunto de Comando e Controle da Coreia. A polícia militar interceptou os dispositivos antes que qualquer violação ocorresse. O capitão, sobrenome Kim, foi condenado a 10 anos de prisão e multado em 35.000 dólares por violar a Lei de Proteção de Segredos Militares.
A Sentença e o Crime
O Tribunal Supremo decidiu em 28 de dezembro que um ex-funcionário da corretora deve cumprir quatro anos de prisão por tentar recrutar um oficial militar para vender segredos classificados para a Coreia do Norte. A sentença também impõe uma proibição de quatro anos para que o funcionário atue no setor financeiro.
Documentos do tribunal revelaram que hackers norte-coreanos pagaram ao funcionário da corretora 487.000 dólares em Bitcoin para recrutar um capitão do exército de 30 anos. O capitão recebeu 33.500 dólares em Bitcoin em troca, de acordo com o meio de comunicação sul-coreano Dailian.
O funcionário abordou o oficial através de um chat no Telegram, oferecendo criptomoeda em troca de acesso a dados militares sensíveis. O funcionário enviou uma câmera escondida em formato de relógio e um dispositivo de "hacking" em USB ao capitão sob instruções dos hackers.
Esses dispositivos tinham a intenção de capturar e transmitir informações do Sistema Conjunto de Comando e Controle da Coreia, uma plataforma usada para compartilhar inteligência entre os EUA e a Coreia do Sul. A polícia militar interceptou os dispositivos antes que qualquer violação ocorresse.
O juiz abordou a gravidade do crime, declarando: "O réu deve ter tido consciência de que estava tentando descobrir segredos militares para um país hostil à Coreia do Sul. Este crime poderia ter colocado em perigo todo o país e foi cometido por ganho financeiro pessoal."
O Papel do Capitão
O oficial militar envolvido, identificado apenas pelo sobrenome Kim, foi condenado a 10 anos de prisão. Ele também foi multado em 35.000 dólares por violar a Lei de Proteção de Segredos Militares.
Kim era um capitão do exército de 30 anos que aceitou 33.500 dólares em Bitcoin do funcionário da corretora. Ele concordou em fornecer acesso ao Sistema Conjunto de Comando e Controle da Coreia.
O funcionário da corretora agiu sob instruções de hackers norte-coreanos para facilitar a transferência de dados sensíveis. O plano foi frustrado quando a polícia militar interceptou os dispositivos de vigilância enviados ao Capitão Kim.
Explorações de Cripto da Coreia do Norte 🌐
Em 4 de novembro, o Departamento do Tesouro dos EUA sancionou oito indivíduos e duas entidades ligadas às operações de crimes cibernéticos da Coreia do Norte. As sanções visam o fluxo de criptomoeda roubada por hackers da RPDC.
Nos últimos três anos, criminosos cibernéticos afiliados à Coreia do Norte roubaram mais de 3 bilhões de dólares, principalmente em ativos digitais. Eles usam malware, ransomware e engenharia social para atacar bancos, corretoras e outras plataformas. O Tesouro declarou que os fundos ajudam a financiar os programas de armas nucleares e mísseis de Pyongyang.
Entre os sancionados estavam os banqueiros Jang Kuk Chol e Ho Jong Son, que gerenciavam mais de 5,3 milhões de dólares em criptomoeda vinculada a ataques de ransomware e trabalhadores de TI da RPDC no exterior. As seguintes entidades também foram alvo:
- Korea Mangyongdae Computer Technology Corp.
- President U Yong Su
- Ryujong Credit Bank em Pyongyang
- Cinco representantes bancários da RPDC na China e Rússia
Em setembro de 2024, o FBI emitiu um aviso de que hackers norte-coreanos estavam visando fundos de negociação de criptomoedas (ETFs) dos EUA em uma tentativa de roubar ativos digitais. De acordo com a agência, os atacantes estão empregando técnicas sofisticadas de engenharia social para infiltrar empresas vinculadas a esses produtos financeiros.
"O réu deve ter tido consciência de que estava tentando descobrir segredos militares para um país hostil à Coreia do Sul. Este crime poderia ter colocado em perigo todo o país e foi cometido por ganho financeiro pessoal."
— O Juiz



