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Fatos Principais

  • Robôs estão sendo usados na Ucrânia para evacuar soldados feridos do campo de batalha.
  • Jeffrey Wells, veterano da Marinha dos EUA, defende sistemas baratos e descartáveis em vez de sofisticados e caros.
  • Muitos robôs usados na Ucrânia custam menos de US$ 10.000, embora sejam frequentemente destruídos em combate.
  • As forças militares ocidentais estão explorando essas tecnologias para manter a 'hora de ouro' do atendimento médico em conflitos de alta intensidade.

Resumo Rápido

A Ucrânia está utilizando robôs terrestres para evacuar soldados feridos, uma adaptação necessária aos perigos da guerra moderna com drones. Jeffrey Wells, um veterano da Marinha dos EUA com experiência de combate, afirmou que esses sistemas são eficazes, apesar de não serem perfeitos. Ele defende que o Ocidente priorize tecnologia barata e descartável em vez de plataformas caras e sofisticadas. O objetivo é colocar equipamentos utilizáveis no campo imediatamente para salvar vidas, em vez de esperar pela perfeição da engenharia.

As forças militares ocidentais estão observando esses desenvolvimentos enquanto enfrentam desafios para manter a 'hora de ouro' — a janela crítica de 60 minutos para o atendimento de trauma. Sem superioridade aérea, o resgate médico tradicional (medevac) é muitas vezes impossível. Consequentemente, o Exército dos EUA e outras forças da OTAN estão explorando veículos terrestres não tripulados (UGVs) para essas missões. No entanto, o foco atual na Ucrânia permanece na funcionalidade e no custo-benefício, com muitos sistemas custando menos de US$ 10.000.

O Surgimento de Robôs de Batalha 🤖

Sob constante ameaça de drones aéreos, as forças ucranianas estão recorrendo à robótica terrestre para resgatar os feridos. O espaço aéreo é frequentemente muito perigoso para resgatadores humanos, o que impulsiona a mudança para veículos terrestres não tripulados (UGVs). Esses robôs funcionam essencialmente como macas controladas remotamente, retirando pessoal ferido da linha de fogo.

De acordo com relatos, esses robôs não se limitam à evacuação médica. Eles estão sendo implantados para uma variedade de funções de apoio ao combate:

  • Transporte de suprimentos para posições de frente
  • Atuação como munições ou bombas móveis
  • Instalação de minas anti-tanque
  • Evacuação de tropas feridas

Embora a tecnologia esteja ganhando atenção, os UGVs ainda representam uma pequena fração do total de drones usados no conflito. Muitos desses sistemas são fabricados por empresas ucranianas ou parceiros dentro da Europa.

O Caso para Soluções 'Baixa Tecnologia'

Jeffrey Wells, veterano do Afeganistão e do Iraque que agora trabalha com a organização sem fins lucrativos Task Force Antal, acredita que o Ocidente está olhando para esses sistemas da maneira errada. Ele argumenta contra a superengenharia e o gasto excessivo. Wells observou que, embora os robôs que ele viu fossem de 'baixa tecnologia', eles realizavam o trabalho.

Sua filosofia é direta: quantidade acima da qualidade. Ele explicou que preferiria ter dez robôs no valor de US$ 1.000 a uma única unidade avançada no valor de US$ 100.000. O raciocínio é que essas máquinas são alvos; elas serão bloqueadas, quebrarão ou serão destruídas pelo fogo inimigo.

Wells afirmou: "Você basicamente precisa apenas de algo que seja eficaz, essencialmente uma maca com rodas que dá esperança à pessoa ferida." Manter o custo baixo garante que as tropas não hesitem em usá-las por preocupações financeiras.

Realidades Operacionais e Riscos

Apesar de sua utilidade, esses robôs estão longe de ser infalíveis. Soldados ucranianos identificaram limitações significativas. Como o campo de batalha está saturado de vigilância, os robôs são fáceis de serem avistados e vulneráveis a ataques. Eles podem ser bloqueados eletronicamente ou simplesmente quebrar mecanicamente.

Oleksandr Yabchanka, chefe de sistemas robóticos do Batalhão Da Vinci Wolves, descreveu-os como uma ferramenta de último recurso. Ele alertou que confiar neles às vezes pode deixar um soldado ferido em uma 'situação ainda pior'. Wells ecoou esse sentimento, chamando-os de uma 'coisa de última esperança'. Ele enfatizou que, por serem um último recurso, 'não deveriam custar muito dinheiro' e deveriam ser facilmente substituídos.

A taxa de perda é alta; um comandante observou que unidades podem perder três ou quatro máquinas em uma única semana, somando custos significativos mesmo para unidades mais baratas.

Implicações Militares Ocidentais

O conflito na Ucrânia está forçando uma reavaliação da doutrina de evacuação de baixas (CASEVAC) no Ocidente. Por décadas, as forças dos EUA e da OTAN dependeram da 'hora de ouro' — a primeira hora crítica após a lesão, onde as taxas de sobrevivência são mais altas. Isso foi alcançado através da superioridade aérea e de helicópteros de resgate médico como o Black Hawk.

Em um conflito contra um adversário quase igual, como Rússia ou China, a superioridade aérea não pode ser assumida. Como resultado, o Exército dos EUA tem testado UGVs há anos. Em um teste de 2016, um robô terrestre evacuou uma baixa para uma aeronave não tripulada. Mais recentemente, em 2025, um oficial médico do Exército sugeriu que drones poderiam transportar soldados para pontos de troca de ambulâncias para preservar a hora de ouro.

No entanto, o custo continua sendo um grande obstáculo. O secretário do Exército dos EUA, Dan Driscoll, destacou a vulnerabilidade de sistemas caros, observando: "Não podemos sustentar um equipamento de alguns milhões de dólares que pode ser derrubado com um drone e munição de US$ 800." Isso está alinhado com as lições da Ucrânia: o futuro da robótica de batalha pode ser definido pela acessibilidade e descartabilidade em vez de sofisticação de ponta.

"Os robôs 'não são sempre um sucesso, mas pelo menos é alguma coisa.'"

— Jeffrey Wells, veterano da Marinha dos EUA

"Você basicamente precisa apenas de algo que seja eficaz, essencialmente uma maca com rodas que dá esperança à pessoa ferida."

— Jeffrey Wells, veterano da Marinha dos EUA

"Eles são uma 'coisa de última esperança'. E isso não deveria custar muito dinheiro e deveria ser algo que seja facilmente desenvolvido, substituído e implantado."

— Jeffrey Wells, veterano da Marinha dos EUA

"Não podemos sustentar um equipamento de alguns milhões de dólares que pode ser derrubado com um drone e munição de US$ 800."

— Dan Driscoll, secretário do Exército dos EUA