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Fatos Principais

  • 55% dos russos acreditam que o conflito com a Ucrânia terminará em 2026, de acordo com uma pesquisa estatal.
  • A produção industrial na Rússia caiu 0,7% em novembro em relação ao mesmo período do ano anterior.
  • Os lucros corporativos russos recuaram quase 10%, para 21,6 trilhões de rublos, de janeiro a outubro.
  • O presidente Vladimir Putin afirmou que o crescimento econômico desacelerou para 1% este ano, contra 4,3% em 2024.

Resumo Rápido

Dados recentes de pesquisas sugerem uma mudança no sentimento público dentro da Rússia, com a maioria dos cidadãos antecipando uma conclusão do conflito com a Ucrânia em 2026. Essa otimismo é relatada enquanto a economia da nação, anteriormente impulsionada pelos gastos de guerra, começa a mostrar sinais de resfriamento.

O centro de pesquisas estatal Russian Public Opinion Research Center conduziu uma pesquisa em meados de dezembro, constatando que 55% dos entrevistados acreditam que a operação militar especial está se aproximando do fim. Simultaneamente, indicadores econômicos revelam uma desaceleração na produção industrial e nos lucros corporativos. Durante um evento de telefone televisado, o presidente Vladimir Putin abordou essas mudanças econômicas e recebeu reclamações dos cidadãos sobre o custo de vida.

Pesquisa Revela Expectativas Públicas

Uma pesquisa divulgada na quarta-feira pelo Russian Public Opinion Research Center indica que a maioria dos russos espera que a guerra com a Ucrânia termine em 2026. A pesquisa, que entrevistou 1.600 russos com 18 anos ou mais, descobriu que 55% acreditam que o que Moscou chama de "operação militar especial" está se aproximando do fim.

A pesquisa foi conduzida em meados de dezembro, marcando uma mudança em relação aos anos anteriores. Em pesquisas anuais passadas, a organização não forneceu dados sobre a proporção de russos que esperavam o fim da guerra. Avaliar o sentimento público sobre temas sensíveis na Rússia é frequentemente desafiador devido ao discurso público rigidamente controlado do país.

Mikhail Mamonov, vice-diretor do Russian Public Opinion Research Center, apresentou os resultados em uma mesa-redonda. Ele atribuiu o sentimento à possível resolução do conflito.

"O principal motivo para o otimismo é a possível conclusão da operação militar especial e a conquista dos objetivos declarados, em linha com os interesses nacionais delineados pelo presidente."

Desaceleração Econômica e Produção Industrial

A otimismo sobre a duração do conflito ocorre enquanto o boom econômico da Rússia, impulsionado principalmente pelos gastos de guerra e subsídios, começa a esfriar. A agência estatal de estatísticas Rosstat relatou na quarta-feira que a produção industrial caiu 0,7% em novembro em relação ao ano anterior. Isso segue um aumento de 3,1% registrado em outubro.

Os analistas esperavam um aumento de 1,2% na produção, tornando os números reais uma variação notável. As pressões econômicas são ainda mais evidenciadas pelos lucros das empresas russas, que recuaram quase 10%, para 21,6 trilhões de rublos (cerca de 273,4 bilhões de dólares), de janeiro a outubro.

Vários fatores estão contribuindo para este resfriamento econômico:

  • Níveis de inflação moderados
  • Receitas de energia mais fracas
  • Um rublo forte
  • Condições de crédito apertadas

Esses elementos pesaram sobre a demanda do consumidor e as rendas reais, espremendo efetivamente a atividade do setor privado.

Putin Aborda Preocupações Econômicas

Durante um evento de telefone altamente coreografado conhecido como "Linha Direta", o presidente Vladimir Putin respondeu a perguntas de cidadãos comuns e jornalistas sobre a guerra e a economia. O evento ocorreu em uma sexta-feira, pouco antes da divulgação dos dados econômicos.

Putin reconheceu uma forte desaceleração no crescimento econômico, observando que ele havia caído para 1% este ano, contra 4,3% em 2024. Ele atribuiu essa desaceleração às medidas do governo destinadas a melhorar a inflação. Embora a discussão tenha sido dominada pela situação na Ucrânia, a transmissão destacou lampejos de frustração pública.

Mensagens de texto exibidas em uma grande tela no salão incluíam reclamações sobre falhas de internet, má qualidade da água e o aumento do custo de vida. Essas reclamações servem como um lembrete de como as pressões econômicas estão afetando diretamente a vida diária dos russos.

Prioridades do Público Russo

Além das expectativas específicas sobre o cronograma do conflito, preocupações mais amplas permanecem. Uma pesquisa separada e independente conduzida pelo Centro Levada destaca as principais preocupações da população.

A pesquisa do Centro Levada, conduzida entre 18 e 27 de novembro e publicada em 16 de dezembro, envolveu 1.608 russos com 18 anos ou mais. Os resultados mostraram que a economia e a guerra com a Ucrânia continuam sendo as principais preocupações do público russo.

À medida que o ano avança, a interseção de eventos geopolíticos e políticas econômicas domésticas continua a moldar o cenário para a população russa.

"O principal motivo para o otimismo é a possível conclusão da operação militar especial e a conquista dos objetivos declarados, em linha com os interesses nacionais delineados pelo presidente."

— Mikhail Mamonov, Vice-Diretor do Russian Public Opinion Research Center
Fatos Principais: 1. 55% dos russos acreditam que o conflito com a Ucrânia terminará em 2026, de acordo com uma pesquisa estatal. 2. A produção industrial na Rússia caiu 0,7% em novembro em relação ao mesmo período do ano anterior. 3. Os lucros corporativos russos recuaram quase 10%, para 21,6 trilhões de rublos, de janeiro a outubro. 4. O presidente Vladimir Putin afirmou que o crescimento econômico desacelerou para 1% este ano, contra 4,3% em 2024. FAQ: P1: O que a maioria dos russos espera em relação à guerra com a Ucrânia? R1: De acordo com uma pesquisa do Russian Public Opinion Research Center, 55% dos russos esperam que a guerra com a Ucrânia termine em 2026. P2: Como está o desempenho da economia russa atualmente? R2: A economia russa está passando por uma desaceleração. A produção industrial caiu 0,7% em novembro, e os lucros corporativos recuaram quase 10% de janeiro a outubro.