Fatos Principais
- Em 1762, o rei Carlos III ordenou a queima de todas as pinturas de nus nas Coleções Reais.
- A ordem foi revogada em 1795, três décadas depois.
- Alejandro de la Cruz atribuiu ao seu mestre, Antonio Rafael Mengs, a convencção do rei para salvar as obras de arte.
- O Museu do Prado está sediando uma retrospectiva de Mengs até 1º de março.
Resumo Rápido
Em 1762, o rei Carlos III emitiu uma ordem fulminante para queimar todas as pinturas nas Coleções Reais que exibiam nudez. Esta medida ameaçou algumas das melhores obras da história da arte, muitas das quais estão atualmente expostas no Museu do Prado.
A intervenção do pintor Alejandro de la Cruz salvou estas obras-primas. De la Cruz, um discípulo de Antonio Rafael Mengs, revelou em 1795 que seu mestre havia convencido o rei a revogar a ordem. Mengs, um pintor de imensa reputação ativo na Itália, alterou com sucesso o destino dessas peças controversas.
A Ordem Real de 1762
A determinação do monarca espanhol foi absoluta. Carlos III exigiu a destruição imediata de qualquer obra de arte nas Coleções Reais que apresentasse figuras nuas. Esta diretriz, emitida em 1762, colocou uma parte significativa do patrimônio artístico real em risco de ser perdida para sempre.
A abrangência da ordem era extensa. Incluiu algumas das obras mais celebradas da época, peças que hoje formam uma parte central da coleção do Museu do Prado. A intenção era purgar a coleção de imagens consideradas inadequadas, independentemente do valor artístico das obras.
A Intervenção de Mengs
Apesar da severidade da ordem de 1762, a destruição não ocorreu imediatamente. As pinturas permaneceram em perigo por trinta anos até que o artista Alejandro de la Cruz se manifestou. Em 1795, de la Cruz forneceu o relato de como a crise foi evitada.
De la Cruz atribuiu ao seu professor, Antonio Rafael Mengs, o mérito de ter salvo a coleção. Mengs, um pintor da mais alta reputação que atuava na Itália, abordou pessoalmente o rei. Através de sua influência, Mengs conseguiu convencer Carlos III a reverter seu próprio decreto.
Legado do Resgate
A sobrevivência destes nus é um momento fundamental na história das Coleções Reais. Sem a intervenção de Mengs, o mundo da arte teria perdido obras inestimáveis que são agora centrais para a identidade do Museu do Prado.
O Museu do Prado está atualmente homenageando esta história com uma grande exposição dedicada a Antonio Rafael Mengs. A retrospectiva, que vai até 1º de março, explora a carreira do artista e seu impacto duradouro na arte espanhola.




