Fatos Principais
- A presidente do COI, Kirsty Coventry, planeja implementar um teste de PCR para determinar o sexo biológico das atletas femininas.
- A política segue a World Athletics, que usou um teste PCR SRY em 1.015 mulheres no Campeonato Mundial de Tóquio.
- Atletas que não passarem no teste, incluindo mulheres transgêneras e aquelas com DSD, serão barradas da categoria feminina.
- A decisão afeta atletas como Caster Semenya e Imane Khelif.
Resumo Rápido
O Comitê Olímpico Internacional (COI) está se movendo para reinstaurar o teste genético de sexo para atletas femininas antes dos próximos Jogos Olímpicos de Inverno em Milão. Sob a liderança da presidente Kirsty Coventry, o COI planeja utilizar um teste de PCR para verificar o sexo biológico de todas as mulheres que se qualificarem para os futuros Jogos.
Essa iniciativa espelha uma decisão recente da World Athletics, que aplicou testes semelhantes durante o Campeonato Mundial em Tóquio. A política visa especificamente atletas com níveis elevados de testosterona, incluindo competidoras transgêneras e aquelas com Diferenças do Desenvolvimento Sexual (DSD). Atletas notáveis afetadas por tais regulamentações incluem Caster Semenya e Imane Khelif. A implementação desses testes resultará na exclusão de qualquer atleta que não atenda aos critérios cromossômicos da categoria de competição internacional feminina.
Novo Protocolo de Testes para Qualificatórias Olímpicas
O Comitê Olímpico Internacional (COI) está se preparando para lançar um novo processo de triagem para atletas femininas. Kirsty Coventry, a presidente do COI, deve anunciar a implementação de um teste genético pouco antes do início dos Jogos Olímpicos de Inverno em Milão na sexta-feira, 6 de fevereiro.
O teste específico envolve uma análise de PCR (Reação em Cadeia da Polimerase) projetada para determinar o sexo biológico das participantes. Esse procedimento identifica a presença do gene SRY, que está localizado no cromossomo Y e é responsável por desencadear o desenvolvimento masculino. O COI pretende exigir esse teste para toda mulher que se qualificar para os futuros Jogos Olímpicos.
O objetivo dessa medida é garantir a equidade na categoria feminina verificando a composição cromossômica. A política representa uma mudança significativa nos requisitos de elegibilidade, avançando em direção a um padrão biológico estrito para a competição nos esportes femininos.
Alinhamento com a World Athletics 🏃♀️
A decisão do COI segue um precedente estabelecido pela World Athletics (WA), o órgão internacional de governança do atletismo. Em julho do ano anterior, a World Athletics determinou que todas as 1.015 participantes femininas no Campeonato Mundial realizado em Tóquio passassem por um teste PCR SRY.
Esse teste é o mesmo mecanismo que o COI planeja adotar. Ao identificar o cromossomo Y, o teste efetivamente categoriza as atletas com base em marcadores genéticos associados à masculinidade. O alinhamento entre os dois grandes órgãos esportivos sugere um consenso crescente sobre a necessidade de verificação genética na competição feminina de elite.
A World Athletics manteve uma posição rígida sobre esse problema, argumentando que tais medidas são necessárias para preservar a integridade da categoria feminina. O COI parece estar adotando uma estrutura regulamentar semelhante para todos os esportes olímpicos.
Impacto em Atletas com DSD e Atletas Transgêneras
Atletas que não passarem no teste de PCR serão desqualificadas de competir na categoria feminina no nível internacional. Essa decisão se aplica a dois grupos distintos: mulheres transgêneras e atletas com Diferenças do Desenvolvimento Sexual (DSD).
DSD refere-se a mulheres que nasceram com sexo feminino atribuído, mas possuem cromossomos masculinos (XY). Sob as novas regulamentações, essas atletas serão barradas da competição se o teste detectar o cromossomo Y. Essa política afeta figuras proeminentes no esporte, incluindo:
- Caster Semenya, a corredora sul-africana campeã olímpica.
- Imane Khelif, a boxeadora argelina e medalhista de ouro dos Jogos de Paris.
A aplicação dessas regras marca o retorno aos métodos de verificação genética que foram abandonados há mais de 30 anos. A intenção declarada por trás da política é prevenir o que a liderança do COI descreve como sofrimento humano associado a disputas de elegibilidade.
Contexto Histórico e Implicações Futuras
A reintrodução do teste genético representa uma reversão de uma tendência que começou décadas atrás. Por mais de trinta anos, o COI e outros órgãos esportivos se afastaram da verificação de sexo obrigatória, em grande parte devido a preocupações éticas e à natureza intrusiva dos métodos de teste anteriores.
No entanto, o debate sobre os níveis de testosterona e as vantagens físicas nos esportes femininos intensificou-se nos últimos anos. A decisão de Kirsty Coventry de implementar testes de PCR sinaliza um endurecimento da posição do COI sobre o assunto. Sugere que os futuros Jogos Olímpicos provavelmente exigirão conformidade genética estrita para todas as entrantes femininas.
À medida que a data de 6 de fevereiro em Milão se aproxima, o mundo esportivo aguarda a confirmação oficial dessa política. A mudança provavelmente desencadeará desafios legais e um debate intenso sobre a definição de sexo no esporte e os direitos de atletas intersexuais e transgêneras.




