Fatos Principais
- O COINTELPRO foi uma série de projetos secretos do FBI voltados para vigiar e interromper organizações políticas domésticas.
- O programa operou de 1956 até 1971.
- Ativistas invadiram um escritório do FBI em Media, Pennsylvania, em março de 1971, roubando documentos que expuseram o programa.
- Os documentos roubados foram enviados para jornais e oficiais do governo.
- A exposição levou a investigações congressuais e reformas.
Resumo Rápido
O Programa de Contra-inteligência (COINTELPRO) foi uma série de projetos secretos e ilegais conduzidos pelo FBI com o objetivo de vigiar, infiltrar, desacreditar e interromper organizações políticas domésticas. O programa operou de 1956 até 1971, visando grupos que iam desde o Partido Comunista dos EUA até manifestantes contra a Guerra do Vietnã e líderes de direitos civis.
Sua existência permaneceu um segredo rigorosamente guardado até março de 1971, quando ativistas invadiram um escritório do FBI em Media, Pennsylvania. Eles roubaram documentos que revelaram a abrangência das operações de vigilância. Esses documentos foram subsequentemente enviados para jornais e oficiais do governo. A exposição levou a investigações congressuais e reformas significativas regarding a vigilância doméstica. As táticas do programa incluíam cartas anônimas, desinformação e assédio direto de indivíduos. J. Edgar Hoover dirigiu esses esforços para manter a segurança doméstica. As revelações mudaram fundamentalmente a confiança do público nas agências federais de aplicação da lei.
As Origens do COINTELPRO
COINTELPRO começou em 1956 como um programa de contra-inteligência projetado para monitorar e interromper grupos de ativistas. O Federal Bureau of Investigation iniciou o programa sob a direção do Diretor J. Edgar Hoover. O objetivo principal era proteger a segurança nacional visando organizações consideradas subversivas.
O programa evoluiu significativamente ao longo de seus quinze anos de vida. Inicialmente focado no Partido Comunista dos EUA, expandiu-se para incluir uma ampla variedade de grupos. Estes incluíam:
- Organizações de direitos civis
- Grupos de protesto anti-guerra
- Organizações nacionalistas negras
- Grupos de direitos das mulheres
O FBI utilizou uma gama de táticas para alcançar seus objetivos. Esses métodos eram frequentemente ilegais e incluíam vigilância, infiltração e guerra psicológica. A agência buscava desacreditar líderes e semear discórdia dentro das organizações.
A Invasão de Media 📂
A exposição do COINTELPRO começou com um ato deliberado de desobediência civil. Na noite de 8 de março de 1971, um grupo de ativistas invadiu o escritório do FBI em Media, Pennsylvania. Este grupo, conhecido como a Comissão de Cidadãos para Investigar o FBI, buscou revelar as atividades ilegais do bureau.
Os ativistas não danificaram o escritório; em vez disso, focaram em remover documentos. Eles roubaram cada arquivo que puderam encontrar. Entre os documentos levados estavam arquivos detalhando o Programa de Contra-inteligência. Esses arquivos forneceram evidências concretas das operações de vigilância doméstica do FBI.
Após a invasão, o grupo enviou os documentos roubados para vários veículos de mídia e oficiais do governo. Eles visaram especificamente jornais conhecidos por seu jornalismo investigativo. O objetivo era garantir que a informação alcançasse o domínio público. Este ato forçou o governo a reconhecer a existência do programa secreto.
As Táticas Reveladas 🕵️
Os documentos roubados do escritório de Media expuseram as duras realidades do COINTELPRO. Os arquivos revelaram que o FBI havia se envolvido em assédio sistemático de ativistas políticos. As táticas empregadas foram projetadas para interromper e neutralizar grupos de oposição.
Métodos chave identificados nos documentos incluíam:
- Cartas Anônimas: O FBI enviava cartas falsas para criar rixas entre membros de organizações.
- Desinformação: Informações falsas eram espalhadas para danificar as reputações de líderes.
- Assédio Direto: Agentes monitoravam e intimidavam indivíduos para desencorajar seu ativismo.
- Sabotagem Financeira: O FBI interferia na estabilidade financeira de grupos visados.
Essas revelações mostraram que o FBI não estava apenas observando esses grupos, mas ativamente trabalhando para destruí-los. Os documentos destacaram que J. Edgar Hoover havia autorizado essas medidas extremas. A reação do público foi de choque e indignação.
As Consequências e o Impacto ⚖️
A exposição do COINTELPRO teve consequências imediatas e duradouras. A cobertura da mídia gerou um debate nacional sobre os limites do poder governamental e as liberdades civis. O Congresso lançou investigações para determinar a extensão total das atividades do FBI.
Essas investigações levaram às audiências do Comitê Church em 1975. O comitê descobriu abusos adicionais por agências de inteligência. Como resultado, novas leis foram aprovadas para regular a vigilância doméstica. A Ordem Executiva 11905 foi emitida para proibir assassinatos e outras atividades ilegais.
As revelações danificaram a reputação do FBI e de J. Edgar Hoover. A confiança do público na agência caiu drasticamente. A invasão do escritório de Media permanece um dos atos mais significativos de denúncia na história americana. Demonstrou que cidadãos determinados podem responsabilizar poderosas agências governamentais.


