Fatos Principais
- A Administração Trump impôs sanções a oficiais europeus envolvidos na moderação de conteúdo.
- O Departamento de Estado dos EUA acusa os oficiais de 'censura a estadunidenses'.
- O ex-comissário da UE Thierry Breton está entre os sancionados.
- Indivíduos sancionados estão proibidos de entrar nos Estados Unidos.
- As sanções estão ligadas à regulação de plataformas como X e Facebook.
Resumo Rápido
A Administração Trump escalou significativamente sua disputa com a União Europeia em relação às regulamentações digitais. Na noite de terça-feira, Washington impôs sanções a várias personalidades europeias envolvidas na moderação de conteúdo e na luta contra o discurso de ódio em plataformas de mídia social. O Departamento de Estado dos EUA acusou os indivíduos sancionados de praticar 'censura a estadunidenses' enquanto operavam no exterior.
Entre os alvos está Thierry Breton, o ex-comissário europeu para o Mercado Interno. Breton foi responsável pelo Digital Services Act durante o mandato legislativo anterior. As sanções proíbem efetivamente esses indivíduos de entrar em território dos EUA. Além disso, o Departamento de Estado alertou que, se esses indivíduos estiverem atualmente nos Estados Unidos, enfrentam deportação em potencial. Essa medida marca um novo nível de pressão de Washington em relação às regras tecnológicas que as plataformas americanas devem cumprir na Europa.
Escalada das Tensões Digitais EUA-UE
A Administração Trump intensificou sua campanha de pressão contra a União Europeia em relação à regulação de plataformas de tecnologia americanas. Anteriormente, o conflito se centrava em regras tecnológicas que as empresas dos EUA devem seguir ao operar dentro da comunidade europeia. No entanto, nesta semana, a situação escalou para um nível sem precedentes com a introdução de sanções diretas contra oficiais do governo.
As ações de Washington visam especificamente indivíduos envolvidos na moderação de conteúdo em redes sociais e no combate ao discurso de ódio. O governo dos EUA alega que esses oficiais europeus são responsáveis por restringir a fala de cidadãos americanos. As sanções foram anunciadas na noite de terça-feira, que correspondia às primeiras horas da quarta-feira na Espanha. Isso representa uma mudança da pressão diplomática para medidas punitivas contra indivíduos específicos.
Alvos das Sanções 🛑
As sanções se concentram em figuras-chave dentro do cenário regulatório europeu. O alvo mais proeminente é Thierry Breton, que serviu anteriormente como Comissário Europeu para o Mercado Interno. Ele foi o principal arquiteto do Digital Services Act, uma peça de legislação emblemática projetada para regular plataformas online.
De acordo com o Departamento de Estado dos EUA, as sanções carregam consequências específicas e severas para os nomeados:
- Uma proibição completa de entrar no território dos Estados Unidos.
- Deportação em potencial se os indivíduos estiverem residindo atualmente no país.
- Acusações de 'censura a estadunidenses' pelo governo dos EUA.
Embora o texto de origem não liste cada indivíduo sancionado, confirma que o grupo inclui oficiais ligados à moderação de conteúdo em plataformas como X, de propriedade de Elon Musk, e Facebook, de propriedade da Meta.
A Acusação de 'Censura'
A justificativa oficial fornecida pelo Departamento de Estado se centra na proteção das vozes americanas no exterior. O governo dos EUA enquadra os esforços regulatórios da União Europeia não como conformidade legal padrão, mas como um ataque aos cidadãos dos EUA. O termo específico usado nas alegações é 'censura a estadunidenses'.
Essa narrativa sugere que as políticas de moderação aplicadas pelas autoridades europeias em plataformas sediadas nos EUA infringem os direitos dos americanos. Ao sancionar oficiais como Thierry Breton, a Administração Trump está sinalizando que vê a aplicação do Digital Services Act e regulamentações similares como um ato hostil contra os Estados Unidos.
Conclusão
A imposição de sanções a Thierry Breton e outros oficiais europeus marca um ponto de virada crítico na relação entre a Administração Trump e a União Europeia. O que começou como uma disputa sobre conformidade tecnológica evoluiu para uma confrontação direta envolvendo proibições de viagem e acusações de censura. Enquanto Washington continua a desafiar a autonomia regulatória da Europa em relação aos gigantes da tecnologia americanos, a fratura diplomática provavelmente se ampliará, afetando a paisagem mais ampla da política digital internacional.
"censura a estadunidenses"
— Departamento de Estado dos EUA


