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Fatos Principais

  • Ángela Valeiras é uma médica aposentada que mora em Badalona.
  • O despejo atingiu o instituto B9, o maior assentamento informal da Catalunha.
  • Valeiras acolheu duas pessoas despejadas em sua casa.
  • Ela enfrentou insultos de vizinhos, incluindo a frase 'leve-os para casa'.

Resumo Rápido

Após o despejo do antigo instituto B9 em Badalona, a médica aposentada Ángela Valeiras ofereceu abrigo a duas pessoas deslocadas. Embora ela não tenha comparecido fisicamente ao despejo, Valeiras monitorou os eventos de perto, caracterizando o tratamento dos mais de cem residentes como uma 'salvajada'. Ela expressou choque com o nível de pobreza visível dentro da cidade, comparando-a às condições que testemunhou na Índia.

Valeiras enfrentou hostilidade direta de vizinhos que gritaram 'leve-os para casa', mas mesmo assim procedeu para oferecer santuário. Sua família expressou mais medo em relação ao 'discurso de ódio' dos vizinhos do que à presença das pessoas despejadas. Valeiras vê suas ações como um gesto humanitário necessário, enfatizando a necessidade de defesa.

Reação ao Despejo

Ángela Valeiras acompanhou os eventos no antigo instituto B9 em Badalona de sua casa. Ela optou por não se aproximar do local naquela manhã de quarta-feira, afirmando que não se sentia forte o suficiente para ir. No entanto, manteve-se atenta aos acontecimentos ao longo do dia. Valeiras descreveu a cena como uma 'salvajada' ou selvageria, expressando incredulidade e imensa tristeza.

A presença de mais de cem pessoas sem perspectivas de moradia temporária, aparentemente abandonadas pela administração, a deixou paralisada. Ela comparou a miséria visível às suas viagens na Índia, observando que tal pobreza em uma cidade como Badalona era 'vergonhoso'. Essa observação formou a base de suas ações subsequentes.

Reação da Comunidade e Ação

No aftermath do despejo, Valeiras enfrentou ataques verbais diretos de vizinhos. Ela relatou ter ouvido cantos de 'llévatelos a casa' (leve-os para casa) direcionados a ela. Apesar dessa hostilidade, ela aceitou os insultos e decidiu agir. Ela acolheu duas das pessoas despejadas de Badalona em sua casa por vários dias.

A reação dentro de seu próprio círculo foi distinta. Valeiras observou que sua família e amigos tinham mais medo da reação dos vizinhos do que das pessoas despejadas. Especificamente, ela destacou o medo deles em relação ao 'discurso de ódio' dos vizinhos.

Um Apelo por Defesa

Ángela Valeiras vê sua intervenção como mais do que apenas um abrigo temporário; ela a vê como um apelo à ação. Ela acredita que as pessoas despejadas 'precisam de nossas vozes brancas', implicando a necessidade de defesa daqueles com posição social. Seu gesto destaca a lacuna entre a política administrativa e a resposta humanitária individual na Catalunha.

Ao absorver os insultos e oferecer ajuda, Valeiras se posicionou como uma apoiadora vocal dos deslocados. Sua experiência sublinha a tensão em torno do assentamento B9 e a questão mais ampla da moradia na região.

"Para mim, foi uma salvajada"

— Ángela Valeiras

"Eu tinha uma tristeza enorme. Não podia acreditar"

— Ángela Valeiras

"Eu viajei muito, estive na Índia e vi miséria e pobreza, mas aquilo… em uma cidade como Badalona, era vergonhoso"

— Ángela Valeiras

"Eles precisam de nossas vozes brancas"

— Ángela Valeiras