Especialista em Parentalidade: Pais Devem Estabelecer Limites, Não Apenas Observar

Resumo Rápido

O psicólogo e autor Alejandro Schujman está desafiando os pais a repensarem seus papéis, instando-os a passarem de espectadores passivos a guias ativos na vida de seus filhos. Ele argumenta que a base de uma relação adulta confiável reside na capacidade de ter empatia, mantendo a autoridade para estabelecer limites. Schujman, especialista em comportamento e relacionamentos adolescentes, explora esses temas através de seu trabalho clínico, livros e uma popular produção teatral.

Sua mensagem aborda uma preocupação crescente sobre a normalização de comportamentos de alto risco entre os jovens e a dificuldade cada vez maior que os adultos enfrentam para estabelecer limites sem se sentirem culpados. Ao promover um equilíbrio entre proximidade e distância, Schujman fornece um framework para os pais construírem relacionamentos mais saudáveis e resilientes com seus adolescentes.

Os Três Pilares da Parentalidade Confiável

De acordo com Alejandro Schujman, transformar um pai em uma figura confiável para uma criança requer o domínio de três habilidades específicas. Ele identifica essas habilidades como a capacidade de ter empatia, a habilidade de acompanhar a criança a partir de um lugar de equilíbrio e a necessidade de estabelecer limites. Schujman descreve esse equilíbrio como um entre proximidade e distância, garantindo que os limites sejam estabelecidos de uma maneira que seja tanto amorosa quanto firme.

Schujman (Buenos Aires, 1965) é escritor e palestrante especializado em relacionamentos e adolescência. Além de sua prática clínica, ele criou um programa de streaming focado em saúde mental. Sua expertise sugere que a parentalidade efetiva não é sobre controle, mas sobre criar um ambiente seguro onde as crianças se sintam compreendidas, mas saibam onde os limites estão.

Os Perigos da Parentalidade Passiva 🎭

O psicólogo destaca uma tendência específica na parentalidade moderna: a tendência de normalizar comportamentos de alto risco na juventude. Ele também aponta para um medo generalizado de crescer entre os adolescentes. Schujman argumenta que quando os pais falham em intervir ou estabelecer limites, eles contribuem para um ambiente onde esses comportamentos arriscados se tornam padrões aceitáveis em vez de exceções.

Seus insights são dramatizados na bem-sucedida obra teatral Primero yo, después te quiero. A peça serve como um veículo para promover o conceito de amor próprio como a base essencial para a construção de relacionamentos saudáveis. Através desse meio, Schujman ilustra como a falta de limites pessoais e auto-respeito pode impactar negativamente a dinâmica interpessoal.

Superando a Culpa Parental 🚫

Uma barreira significativa para o estabelecimento efetivo de limites é a luta interna do adulto com a culpa. Schujman observa que muitos pais acham difícil fazer cumprir as regras porque temem danificar o relacionamento ou serem percebidos como rígidos. No entanto, ele postula que a verdadeira confiabilidade vem da coragem de dizer 'não' quando necessário, desde que seja feito com empatia.

A dinâmica de acompanhar uma criança implica uma jornada tomada em conjunto, onde o pai fornece direção. Sem a firmeza dos limites, a criança fica sem uma bússola. O trabalho de Schujman incentiva os pais a verem o estabelecimento de limites não como uma medida punitiva, mas como um ato de amor e proteção que promove segurança e maturidade.

Conclusão

Alejandro Schujman apresenta uma diretriz clara para os pais modernos: o engajamento é não negociável. Ao rejeitarem o papel de espectador passivo, os pais podem cultivar relacionamentos construídos no respeito mútuo e na compreensão. O equilíbrio entre empatia e limites firmes permanece como a pedra angular da criação de indivíduos resilientes e saudáveis, capazes de navegar pelas complexidades do mundo moderno.