Fatos Principais
- Mark Karpelès é atualmente Chief Protocol Officer na vp.net e desenvolve a shells.com.
- Ele adquiriu a Mt. Gox de Jed McCaleb em 2011.
- Mais de 650.000 bitcoins foram roubados no colapso de 2014.
- Karpelès passou 11,5 meses sob custódia japonesa após sua prisão em 2015.
Resumo Rápido
Mark Karpelès, o ex-CEO da extinta corretora de Bitcoin Mt. Gox, está atualmente construindo uma VPN e uma plataforma de automação de IA no Japão. Como Chief Protocol Officer na vp.net, ele trabalha ao lado de Roger Ver e Andrew Lee em uma VPN que usa tecnologia Intel SGX para permitir que os usuários verifiquem o código do servidor. Karpelès também está desenvolvendo um sistema de agente de IA não lançado na shells.com que concede à inteligência artificial controle total sobre uma máquina virtual.
O artigo relata a história da Mt. Gox, que Karpelès adquiriu de Jed McCaleb em 2011. Ele alega que 80.000 bitcoins foram roubados antes da transferência e que ele herdou uma plataforma com código ruim. A corretora eventualmente colapsou em 2014 após hacks que drenaram mais de 650.000 bitcoins, posteriormente ligados a Alexander Vinnik e à corretora BTC-e. Karpelès foi preso em 2015 e passou 11,5 meses sob custódia japonesa, suportando confinamento solitário e pressão psicológica. Ele eventualmente limparia as acusações de desvio de fundos identificando US$ 5 milhões em receitas não declaradas.
Projetos Atuais em IA e VPNs
No final de 2025, Mark Karpelès está liderando o desenvolvimento na vp.net, um serviço de VPN que utiliza a tecnologia SGX da Intel. Como Chief Protocol Officer, ele enfatiza que o serviço permite aos usuários verificar exatamente qual código é executado nos servidores. "É a única VPN em que você pode confiar basicamente. Você não precisa confiar nela, na verdade, você pode verificar", afirmou Karpelès. Ele trabalha ao lado de Roger Ver e Andrew Lee, o fundador do Private Internet Access.
Karpelès também está trabalhando em uma plataforma de computação em nuvem pessoal chamada shells.com. Lá, ele está desenvolvendo discretamente um sistema de agente de IA não lançado projetado para dar à inteligência artificial controle total sobre uma máquina virtual. O sistema visa permitir que a IA instale softwares, gerencie e-mails e lide com compras com integração planejada de cartão de crédito. "O que estou fazendo com a shells é dar à IA um computador inteiro e rédeas livres no computador", explicou, descrevendo o conceito como agentes de IA em esteroides.
A Ascensão e Queda da Mt. Gox
A jornada de Karpelès para o Bitcoin começou em 2010, enquanto operava uma empresa de hospedagem web chamada Tibanne. Um cliente baseado no Peru solicitou pagar pelos serviços usando Bitcoin, tornando a Tibanne uma das primeiras empresas a implementar pagamentos em Bitcoin. Roger Ver, um evangelista precoce, tornou-se um visitante frequente do escritório de Karpelès. No entanto, a compra anônima de um domínio ligado à Silk Road hospedado em seus servidores mais tarde alimentou investigações de autoridades americanas, que suspeitaram brevemente que Karpelès fosse o Dread Pirate Roberts.
Em 2011, Karpelès adquiriu a Mt. Gox de Jed McCaleb, que mais tarde fundou a Ripple e a Stellar. Karpelès alega que entre a assinatura do contrato e o acesso ao servidor, 80.000 bitcoins foram roubados, e McCaleb insistiu que não contassem aos usuários. Apesar de herdar uma plataforma plagada por problemas técnicos, a Mt. Gox explodiu em popularidade, processando a vasta maioria das negociações globais de Bitcoin. Karpelès manteve políticas rígidas, banindo usuários ligados a atividades ilícitas, como compras de drogas na Silk Road. O império desmoronou em 2014 quando hacks, posteriormente ligados a Alexander Vinnik e à corretora BTC-e, drenaram mais de 650.000 bitcoins.
Detenção Japonesa e Batalhas Legais
As consequências do colapso da Mt. Gox levaram à prisão de Karpelès em agosto de 2015. Ele suportou onze meses e meio sob custódia japonesa, um sistema conhecido por sua rigidez e pressão psicológica. Ele foi mantido em detenção preliminar ao lado de membros da Yakuza, traficantes de drogas e fraudadores, onde ensinou inglês e foi apelidado de "Mr. Bitcoin" após os detentos perceberem manchetes censuradas em jornais. Um membro da Yakuza até tentou recrutá-lo para contato após a libertação.
A polícia japonesa empregou táticas psicológicas, incluindo prisões repetidas. Após 23 dias, os detentos eram levados a acreditar que a libertação era iminente, apenas para enfrentar um novo mandado. "Eles realmente fazem você pensar que está livre e, sim, não, você não está livre", disse Karpelès. Ele foi mais tarde transferido para o Centro de Detenção de Tóquio, onde passou mais de seis meses em confinamento solitário em um chão compartilhado com condenados à morte. Proibido de cartas ou visitas se afirmasse sua inocência, ele lidou relendo livros e escrevendo histórias.
Armado com 20.000 páginas de registros contábeis e uma calculadora básica, Karpelès desmantelou as acusações de desvio de fundos descobrindo US$ 5 milhões em receitas não declaradas dentro da corretora. Paradoxalmente, a prisão melhorou sua saúde; a privação crônica do sono de seus dias workaholic deu lugar ao descanso regular. Os 650.000 bitcoins roubados permanecem desaparecidos, e Karpelès expressou que "não parece que a justiça foi servida" em relação a Alexander Vinnik, que se declarou culpado nos EUA, mas foi devolvido à Rússia sem um julgamento.
"É a única VPN em que você pode confiar basicamente. Você não precisa confiar nela, na verdade, você pode verificar."
— Mark Karpelès, Chief Protocol Officer na vp.net
"O que estou fazendo com a shells é dar à IA um computador inteiro e rédeas livres no computador."
— Mark Karpelès, Desenvolvedor na shells.com
"Entre o tempo que assinei o contrato e o tempo que consegui acesso ao servidor, 80.000 bitcoins foram roubados… Jed era insistente que não podíamos contar aos usuários sobre isso."
— Mark Karpelès, Ex-CEO da Mt. Gox
"Eles realmente fazem você pensar que está livre e, sim, não, você não está livre… Isso é realmente um custo em termos de saúde mental."
— Mark Karpelès sobre a detenção japonesa
Fatos Principais: 1. Mark Karpelès é atualmente Chief Protocol Officer na vp.net e desenvolve a shells.com. 2. Ele adquiriu a Mt. Gox de Jed McCaleb em 2011. 3. Mais de 650.000 bitcoins foram roubados no colapso de 2014. 4. Karpelès passou 11,5 meses sob custódia japonesa após sua prisão em 2015. FAQ: P1: O que Mark Karpelès está fazendo agora? R1: Ele trabalha como Chief Protocol Officer na vp.net, um serviço de VPN, e está desenvolvendo uma plataforma de automação de IA na shells.com. P2: O que aconteceu com a Mt. Gox? R2: A corretora colapsou em 2014 após hacks que drenaram mais de 650.000 bitcoins, que foram posteriormente ligados a Alexander Vinnik e à corretora BTC-e. P3: Quanto tempo Mark Karpelès foi detido no Japão? R3: Ele passou onze meses e meio sob custódia japonesa, incluindo tempo em confinamento solitário, antes de ser libertado."Não parece que a justiça foi servida."
— Mark Karpelès sobre Alexander Vinnik
