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Fatos Principais

  • Jane Newman deixou seu emprego corporativo em Brisbane, Austrália, em julho de 2024, devido ao burnout e dor física.
  • Ela se mudou para a Coreia do Sul, inicialmente morando em Gwacheon antes de se estabelecer no bairro de Dongdaemun, em Seul.
  • Newman agora trabalha de 20 a 30 horas por semana em uma startup de tecnologia e coaching, uma redução em relação às suas anteriores 60 horas semanais.
  • Seu apartamento de dois quartos em Seul custa 1,43 milhão de wons coreanos (aproximadamente US$ 1.000) por mês.
  • Dados do Ministério da Justiça mostraram 2,65 milhões de estrangeiros vivendo na Coreia do Sul no final de 2024.

Resumo Rápido

Após décadas no mundo corporativo, Jane Newman tomou a decisão de deixar seu emprego e recomeçar em um novo país. Aos 60 anos, ela se afastou de um cargo de gerência em Brisbane, Austrália, para se mudar para a Coreia do Sul. Sua jornada começou com um interesse simples em K-dramas durante a pandemia, que eventualmente despertou uma curiosidade que levou a uma mudança permanente.

A saída de Newman de sua carreira foi impulsionada por um burnout severo e tensão física. Desde que se mudou para a Coreia do Sul, ela encontrou um novo senso de propósito e comunidade. Ela agora vive em Seul, onde equilibra o trabalho em uma nova startup de tecnologia com um horário flexível que lhe permite explorar seus arredores. Sua história destaca uma tendência crescente de estrangeiros escolhendo a Coreia do Sul como um lugar para viver e trabalhar.

O Ponto de Ruptura na Austrália

Trabalhando como gerente para uma empresa de consultoria em Brisbane, Jane Newman enfrentava uma carga de trabalho pesada que persistia mesmo quando o mundo voltava ao normal após a pandemia. Após meses de longas horas na frente de uma tela, ela experimentou um burnout significativo e sintomas físicos.

A tensão física começou com dores no ombro e nas costas, que eventualmente se desenvolveram em dores no braço suficientemente severas para que ela não pudesse usar seu mouse. Embora mesas ergonômicas e diferentes cadeiras tenham proporcionado pouco alívio, o impacto mental foi igualmente pesado.

"Eu achava cada vez mais difícil fazer meu trabalho", disse Newman.

Em julho de 2024, ela e seu empregador concordaram que o melhor era ela se afastar da empresa. Essa decisão marcou o fim de um capítulo definido por uma agenda corporativa exigente.

Descobrindo a Coreia do Sul

A conexão de Newman com a Coreia do Sul começou durante os bloqueios da pandemia, onde ela passava as noites assistindo a K-dramas em sua poltrona. Isso despertou uma curiosidade sobre o país que ela só tinha visto na TV. Ela havia visitado a Coreia do Sul pela primeira vez em 2023 e, lembrando o quanto gostou da viagem, decidiu retornar para uma pausa de dois meses.

Após seu sabático, ela voltou a trabalhar na Austrália, mas os sintomas de burnout ressurgiram rapidamente. Percebendo que a Coreia do Sul era um lugar onde ela se sentia bem, tomou a decisão de voltar e ficar por alguns meses para ver como se sentiria.

"Eu sabia que a Coreia do Sul era um lugar que eu amava, e que me fazia sentir bem", disse Newman.

Ela inicialmente morou em um Airbnb em Gwacheon, uma cidade logo fora de Seul, por três meses. Lá, ela viveu com um anfitrião local que a convidou para participar de vários eventos comunitários.

Construindo uma Nova Comunidade

Morar em Gwacheon permitiu que Newman se imergisse na cultura local. Ela se juntou a um grupo de apoio às ex-mulheres de conforto militares dos EUA e participou de dois clubes de inglês. Esses clubes se reuniam para discutir notícias, ler ficção em inglês e fazer apresentações semanais sobre vários tópicos.

Através dessas atividades, Newman encontrou o senso de pertencimento que lhe faltava.

"Eu conheci as pessoas mais maravilhosas, e elas realmente me convidaram para suas conversas. E eu aprendi muito mais sobre a própria Coreia e sua história", ela disse.

Ela observou que sua vida social na Austrália girava em torno do trabalho ou de amigos antigos, e os grupos comunitários dos quais fazia parte desapareceram após a pandemia. Em contraste, sua experiência na Coreia do Sul proporcionou conexão imediata.

"Todas essas coisas me fizeram sentir realmente bem-vinda, em casa e parte de uma comunidade, o que era exatamente o que me faltava na Austrália", acrescentou Newman.

Vida em Seul

Em fevereiro de 2025, Newman se mudou para Seul para começar a próxima fase de sua vida. Ela procurou um apartamento perto do transporte público, com espaços separados para sala e quarto e uma boa vista. Após cerca de duas semanas de busca, encontrou um lugar em Dongdaemun, um bairro popular.

Seu apartamento de dois quartos custa 1,43 milhão de wons coreanos por mês, o que equivale a aproximadamente US$ 1.000. Suas filhas da Geração Z não ficaram surpresas com a mudança, pois sabiam o quanto ela amava a Coreia do Sul e já a haviam visitado lá.

A rotina diária de Newman agora mistura trabalho e a adaptação à vida em Seul. Ela começa suas manhãs com café de um Starbucks próximo antes de trabalhar em suas sessões de coaching e na startup de tecnologia, que visa ajudar jovens que lutam contra o isolamento social.

Seu horário de trabalho mudou dramaticamente. Onde ela costumava trabalhar 60 horas por semana, agora trabalha cerca de 20 a 30 horas. Essa flexibilidade permite que ela se exercite, conheça pessoas e trabalhe de bibliotecas ou cafés.

"Mas eu me certifico de sair uma vez por dia para aproveitar este lugar lindo onde estou vivendo", ela disse.

De acordo com dados do Ministério da Justiça, o número de estrangeiros vivendo na Coreia do Sul no final de 2024 estava em 2,65 milhões, um aumento de 5,7% em relação ao ano anterior, indicando uma tendência crescente de relocamento internacional para o país.

"Eu comecei com muitas dores no ombro e nas costas, e então se desenvolveu em dores no braço, e eu não conseguia usar meu mouse."

— Jane Newman

"Eu achava cada vez mais difícil fazer meu trabalho."

— Jane Newman

"Eu sabia que a Coreia do Sul era um lugar que eu amava, e que me fazia sentir bem."

— Jane Newman

"Eu conheci as pessoas mais maravilhosas, e elas realmente me convidaram para suas conversas. E eu aprendi muito mais sobre a própria Coreia e sua história."

— Jane Newman

"Todas essas coisas me fizeram sentir realmente bem-vinda, em casa e parte de uma comunidade, o que era exatamente o que me faltava na Austrália."

— Jane Newman

"Eu descobri que cada vez que venho para a Coreia, faço novos amigos."

— Jane Newman

"Mas eu me certifico de sair uma vez por dia para aproveitar este lugar lindo onde estou vivendo."

— Jane Newman